sábado, 11 de junho de 2016

ROTAS COMERCIAIS


Rua Coronel Tibério Meira

O sertão Baiano, na Santa Ana de Caetité, atualmente Caetité, onde existia a vila Bom Jesus dos Meira, em que posteriormente foi formado a cidade de Brumado, no século XVII e início do século XVIII, as rotas comerciais aconteciam através de tropas e tropeiros.

“O tropeiro foi peça importante na ligação do interior com o litoral do Brasil. Ele era comerciante, era emissário oficial, era correio, intermediário de negócios, portador de bilhetes, recados, aviador de encomendas e receitas. Era um traço de união entre os centros urbanos afastados. Os tropeiros deram continuidade ao desbravamento das regiões afastadas do litoral, seguindo o caminho dos bandeirantes e sertanistas, primeiros desbravadores das terras do interior do Brasil”.(PAES, Jurema. 2001, p.57).

Como não existia ainda estradas e ferrovias para transportar alimentos para outras cidades que não tinha, isso era feito através de tropas. Os tropeiros eram homens confiáveis, que viajavam em tropas, em aninais resistente como burro com o objetivo de levar mantimentos, cartas, encomendas, documento, oficial, etc.

Mais tarde surge na Vila de Nossa Senhora Rosário do Porto de Cachoeira, uma ligação do interior para capital. Houve então a ligação através de estrada do interior baiano a Cachoeira. E de cachoeira a Salvador: a Baia de Todos os Santos.

“A vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto de Cachoeira, último ponto navegável do Rio Paraguaçu, vai ser o maior entreposto do interior. Era ponto importante, pois ligava a produção do interior que não tinha rios navegáveis à capital pelo vapor que ia do Recôncavo à Cachoeira até chegar na baia de Todos os Santos. Este entreposto é tão importante e tão rentável que a cabotagem á vela pelo esteiro do Iguape acima se constituía num dos melhores negócios da colônia do império. (PAES, Jurema. 2001, p. 42 e 43)

Chegada em Brumado

De acordo com a autora Jurema, devido as viagens das Tropas e tropeiros e a necessidade de estradas com boas condições de viagem, forma a chamada estradas das boiadas, em que liga o interior baiano com a capital Salvador.

Em longas viagens de várias etapas até chegar, primeiro junto às hortas de São Bento e mais tarde, nos currais do Barbalho, foram ambos pontos finais das viagens que saíam, não raro da lonjura dos pastos do Piauí, foram as primeiras estradas que surgiram ainda no século XVI denominadas de Estrada das Boiadas, que serviriam como rebanho suporte para a subsistência da cidade de Salvador e seus engenhos no recôncavo. Com o crescimento do consumo de gado de corte, aumentava, consequentemente, o criatório de gado e com ele a importância das grandes casas latifundiárias dos Guedes de Brito, depois a sucessora casa da Ponte e novas estradas das boiadas continuavam a brotar, fazendo novas ligações do interior com a capital. (PAES, Jurema. 2001, p.43).



REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

  • PAES, Jurema Mascarenhas. Tropas e Tropeiros na Primeira Metade do Século XIX no Alto Sertão Baiano. Salvador, UFBa, 2001, (Dissertação de Mestrado).



2 comentários:

  1. Fantástico, como a cidade se desenvolveu, dando melhores condições para comercialização dos produtos.

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  2. Amei seu blog, ficou muito bom, é importante conhecer a nossa história.Não acredito que teríamos éns outro meio de adquirir tal conhecimento. Parabéns.

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